«O Mundo no Silêncio»

HOMENAGEM AO ARTISTA PLÁSTICO - MANUEL BARROCO.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

(O Artista e a sua Obra)

Manuel d’ Ajuda Maia Rodrigues Barroco

Biografia: Nasceu em Espinho - Portugal a 02/11/1934 .

Aos 16 anos de idade, foi viver para Ermesinde, onde residiu até 1968. Aqui casou e se enraizou socialmente. Foi 1º Secretário dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde.

A convite de uma grande empresa Sachs, mudou-se para o centro do país (Oliveira do Bairro), onde permaneceu muito pouco tempo.

Imigrou para a Alemanha, apesar de ter apenas o quarto ano primário, realizou-se profissionalmente exercendo elevados cargos a nível de Directoria de Qualidade.

Regressou a Portugal em 1984 mantendo as mesmas funções a serviço de uma empresa multinacional, do ramo Automóvel em Guimarães.

Aposentou-se em 1996. Permanecendo em Guimarães.

Aos 62 anos, depois de Jubilado, como ocupação de tempos livres, dedicou-se às Artes Plásticas. Frequentou o Atelier D'Arte com a Artista Plástica Lucy Bream - Luzia Ferreira Teixeira, com aulas de Desenho e Pintura em várias técnicas e materiais, dando preferência ao Óleo e Aguarelas.

Estreou-se com a primeira Exposição em 2002 no Fórum Vallis Longus, Câmara Municipal de Valongo, realizando 8 Exposições Individuais e Colectivas, entre Portugal e Luxemburgo.

(Faleceu a 22 de Agosto de 2008)

Lágrimas…
Essa lágrima não posso verter...
Porque a tristeza já passou.
Fortaleceu-me quando queria vencer.
As marcas que deixou,
Não as deixo ver.

Porque quando ela voltar,
Quero estar atenta,
Quero estar muito feliz.
Mas se ela me derrotar,
Sei que me apoquenta,
Mas sei que vou chorar.
Lavar o espírito,
Com essas lágrimas.

Evocar tudo em que acredito,
Mesmo sem costume,
Que é mais duque imaginas...
Aí teu nome repito.
Pela amizade que nos une.
(Luzia Ferreira Teixeira - 02/11/2007)

EXPOSIÇÕES REALIZADAS

1ª- 2002 - «O MUNDO NO SILÊNCIO»

(Exposição Individual - Estreia)

- Fórum Vallis Longus,

Câmara Municipal de Valongo - Valongo.


2ª- 2003 - «O MUNDO NO SILÊNCIO»

(Exposição Individual)

- Salão de Chá e Pastelaria Medieval.

Centro Histórico de Guimarães, Largo da Oliveira - Guimarães.


3ª- 2003 - «O MUNDO NO SILÊNCIO»

(Exposição Individual)

- Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro.

Câmara Municipal de Oliveira do Bairro - Oliveira do Bairro.


4ª- 2005 - «VIAGEM NO TEMPO COM O MUNDO NO SILÊNCIO»

Exposição Permanente. (Manuel Barroco e Luzia Teixeira, Colectiva)

- Salão Laguna / Hotel Valentino’s - Vill - Luxemburgo.


5ª - 2004 - I Colectiva de Artistas Vimaranenses

(Exposição Colectiva)

- Centro Juvenil de S. José, Guimarães - Guimarães.


6ª - 2005 - II Colectiva de Artistas Vimaranenses

(Exposição Colectiva)

- Centro Juvenil de S. José, Guimarães - Guimarães.


7ª- 2005 - «VIAGEM NO TEMPO COM O MUNDO NO SILÊNCIO»

(Luzia Teixeira e Manuel Barroco, Colectiva)

- Café Cultural Óscar, Guimarães.


8ª- 2007 - IV Colectiva de Artistas Vimaranenses

(Exposição Colectiva)

- Centro Juvenil de S. José, Guimarães - Guimarães.

(Exposição de Arte - Galeria)

«O MUNDO NO SILÊNCIO»

Faz-se silêncio nas grutas... Amanhece,
Nasce o tempo de um passado morto.
A solidão no mundo aparece,
Como o navio que não deu ao porto.

Será mistério de um grande coração,
Onde os olhos se fecham, ninguém sossega.
Mil palavras proferem perdão,
Mas a boca impiedosamente renega.

Paisagem flutuante, sonho amargo,
Cintilantes maravilhas de ostentação.
Aonde descontentamente trago,
A dor que não cabe no coração.

Repleto de miragens e esperança,
Refugio-me na imensidão do deserto,
Onde o sol flutua e o mar amansa.
O céu fica cada vez mais perto...
Da terra, onde a pureza não se alcança.

Cidade que me nega e não me consome,
deste rio que abraça e beija a margem.
Domina a pobreza e a fome,
Deixa apenas um rasto de passagem.

(de:Luzia Ferreira Teixeira - 08/10/2002)

Dunas do silêncio.
No pensamento mais vago e profundo,
É melhor ser vencido que vencer.
Imensidão das areias deste mundo...
A onde ninguém persiste viver.
(1- Óleo sobre Tela)


Lago flutuante.

De uma lágrima caída ninguém se comove,
Não há amor, ninguém a levanta.
Gotas formam lagos quando chove,
Água que voa chora e canta.
(2- Óleo sobre Tela)

Ausência.
Há distâncias no horizonte que eu quero,
Seguro a estrela que procuro.
Alcançando o prazer que espero,
Numa gota de orvalho puro.
(3- Aguarela sobre Cartão)

Segredos mágicos.
Quando nasceu o infinito,
Venceu o deserto e a planície.
Criei a minha paisagem e medito,
Nos mágicos segredos á superfície.
(4- Aguarela sobre Cartão)

Aurora que a noite anuncia.
Ao fim da tarde quando a brisa morre,
Soltam-se ecos que se perdem nas auroras.
Aves que anunciam, e o dia decorre,
Sem pressa, avança nas horas.
(5- Aguarela sobre Cartão)

Madrugada.
Vem a manhã, cheia de luz e fascinação,
Nasce a brisa com gestos de brancura.
Morre o tempo escondido na mão,
Do sonho que é só meu e ainda dura.
(6- Aguarela sobre Cartão)

Criando a solidão.
Paira o silêncio que me encheu a casa,
Só há emoção quando a noite dorme.
Sonâmbulo como uma ave que perdeu a asa,
Derivo em delírios sem sono nem fome.
(7- Aguarela sobre Cartão)

Viagem sem destino.
Dessas paragens de onde venho agora,
Trago o silêncio da madrugada.
Libertei a vida outrora,
Caminhando alcancei o nada.
(8- Aguarela sobre Cartão)

(9- Aguarela sobre Cartão)

(10- Aguarela sobre Cartão)

(11- Aguarela sobre Cartão)

(12- Aguarela sobre Cartão)

(13- Aguarela sobre Cartão)

(14- Aguarela sobre Cartão)

(15- Aguarela sobre Cartão)

(16- Aguarela sobre Cartão)

(17- Aguarela sobre Cartão)

(18- Aguarela sobre Cartão)

(19- Aguarela sobre Cartão)

(20- Aguarela sobre Cartão)

(21- Aguarela sobre Cartão)

(22- Aguarela sobre Cartão)

(23- Aguarela sobre Cartão)

(24- Aguarela sobre Cartão)

(25- Aguarela sobre Cartão)

(26- Aguarela sobre Cartão)

(28- Aguarela sobre Cartão)

(29- Aguarela sobre Cartão)

(30- Aguarela sobre Cartão)

(31- Aguarela sobre Cartão)

(32- Aguarela sobre Cartão)

(33- Aguarela sobre Cartão)

(34- Aguarela sobre Cartão)

(35- Aguarela sobre Cartão)

(36- Aguarela sobre Cartão)

(37- Aguarela sobre Cartão)

(38- Aguarela sobre Cartão)

(39- Aguarela sobre Cartão)

(40- Aguarela sobre Cartão)

(41- Aguarela sobre Cartão)

(42- Aguarela sobre Cartão)

(43- Aguarela sobre Cartão)

(44- Aguarela sobre Cartão)

(45- Aguarela sobre Cartão)

(46- Aguarela sobre Cartão)

(47- Aguarela sobre Cartão)

(48- Aguarela sobre Cartão)

(49- Aguarela sobre Cartão)

(50- Óleo sobre Tela)

(51- Óleo sobre Tela)

(52- Óleo sobre Tela)

(53- Óleo sobre Tela)

(54- Óleo sobre Tela )

(55- Óleo sobre Tela)

(56- Óleo sobre Tela)

(57- Óleo sobre Tela)

(58- Óleo sobre Tela)


Um anjo da paz… Olhei o teu espaço,
o teu sorriso, o teu aconchego.
Sentei-te comigo,
despida de um embaraço,
esperando um ombro amigo.

Porque só agora chego?
Meu coração
se inquietou.
Quando eu deveria vir,
meus ouvidos não te ouviram,
ou tua voz não me chamou!?
Onde estaria eu,
onde estarias tu?
Meu instinto aclamou,
a um caminho que era seu.

Longínquo, medonho…
Mas agora aqui estou.
Só para te abraçar,
para te dizer,
que vim para ficar
e aqui permanecer.
Velar em cada teu sonho,
dar-te os bons dias,
ao despertar.
(28/01/2008 – Luzia Ferreira Teixeira)